
Muitos de nossos amigos mais próximos sabem que a gente não tem televisão há anos em nossa casa. E também evitamos ao máximo a exposição de mídia para os nosso filhos.
Isso tem um efeito interessante para as crianças que podem explorar mais a imaginação.
Na última semana antes do Spring Break aqui nos Estados Unidos, a classe do oitavo ano fez uma peça para apresentar para a escola toda.
A escolha da peça foi inspirada por lições que eles estão aprendendo na sala de aula.
O Rei Leão
Sundiata Keita, também conhecido como “O Rei Leão”, foi o fundador do Império do Mali, na África Ocidental, por volta de 1217 a 1255 d.C. Filho de um chefe do povo Mandê, ele nasceu em um período em que seu povo era oprimido por um rei tirano dos povos vizinhos, os Susu. Apesar de ter sido uma criança fisicamente frágil, Sundiata superou suas limitações e se tornou um grande guerreiro. Ele conseguiu reunir um exército e derrotou os Soso, consolidando o poder e formando uma federação de povos locais — o poderoso Império de Mali.
O Império se destacou pela tolerância política, prosperidade e diversidade cultural. A história de vida de Sundiata foi preservada por griôs, contadores de histórias tradicionais da África Ocidental, com o acompanhamento de um instrumento musical chamado kora, parecido com uma harpa. Essa narrativa é considerada um grande exemplo da literatura épica oral africana e é conhecida como “A epopeia de Sundiata”.
Depois da peça
Essa foi a primeira vez que meus filhos tiveram acesso ao que era o Rei Leão e a história contada pela Disney. É simplesmente mágico ver a reação no rosto deles durante a peça e como no dia seguinte meu filho fez uma fantasia para ele com pedaços de tecidos antigos.
Como a maioria das pessoas no mundo eu também não tinha o conhecimento dessa história original da África sobre o Sundiata Keita. O que a maioria de nós sabemos é da história contada pela Disney, provavelmente quem escreveu a história pode ter utilizado partes deste conto original e modernizado. Sim é um clássico hoje da Disney mas foi “sequestrado” deste conto original.
O nosso próximo passo será levar as crianças para assistirem a peça na Broadway em Nova York e somente depois disso vamos deixar eles assistirem ao filme, então isso deve levar mais cinco anos.